A novela entre Flamengo e sua nova fornecedora de material esportivo
ainda não se encerrou oficialmente, mas está cada vez mais perto do fim.
No início desta semana, o rubro-negro acertou com a Adidas para a
empresa alemã se tornar responsável pelos uniformes e vestimentas do
clube nos próximos dez anos.
Após mais de seis meses de negociações, a diretoria do Flamengo enviou
aos Conselhos Deliberativo e Fiscal a minuta do contrato que renderá
cerca de R$ 380 milhões aos cofres rubro-negros. O impasse agora está na
votação para a aprovação da parceria.
Enquanto alguns conselheiros insistem em "empurrar" a votação para o
início de 2013, alegando que o clube vive período eleitoral, outros
tentam aprovar o contrato com a Adidas ainda no final deste ano.
"A nossa parte nós fizemos. Recebemos uma excelente proposta, que
colocará o Flamengo em outro patamar de mercado, e encaminhamos aos
Conselhos. Entendo que o período eleitoral é conturbado, mas também
precisamos resolver isso. Mas são eles que vão decidir", disse a
presidente Patricia Amorim, evitando se desgastar com a causa.
Restando menos de 20 dias para a eleição, no entanto, a tendência é que
o contrato seja aprovado somente após o pleito do início de dezembro. A
mesmo período, porém, é o limite que o clube tem para fazer um
pagamento de aproximadamente R$ 3 milhões à atual fornecedora como parte
da indenização pelo rompimento do contrato atual, que iria até o fim de
2014.
E o clube ainda terá que pagar mais R$ 10 milhões para concluir a
rescisão. "Caso o Conselho aprove o contrato com a Adidas, vamos cumprir
tudo certinho com a Olympikus. Não deixaremos de pagar nada. É uma
empresa que temos muito carinho e foi parceira nos momentos mais
difíceis. A mudança se dará apenas por questões de mercado", frisou
Patricia Amorim.
E mesmo com o discurso de fim de contrato da presidente do Flamengo e
dos bons valores oferecidos pela Adidas, o rubro-negro provavelmente só
deixará de vestir Olympikus no meio da próxima temporada, quando quitar
todos os valores da multa rescisória.
Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário