sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Neto recebe dicas para faltas do especialista Anderson Lima

Nove metros e quinze centímetros separam um cobrador de faltas da barreira que o mesmo precisa superar para atingir o gol. Nove metros e quinze centímetros são suficientes para unir duas gerações de boleiros no Bahia.
O assistente técnico Anderson Lima, 39 anos, e o lateral direito Neto, 31, estão conectados pela capacidade de definir lances na bola parada. Anderson teve passagens por Santos, São Paulo e Grêmio. Era famoso pela força com que desferia seus chutes violentos em direção à meta adversária. "Nasci com esse dom, mas aprimorei muito esta técnica na divisão de base e também nos treinos entre os profissionais. Não adianta só o cara ser bom. Tem que desenvolver o talento", diz o ex-jogador que pendurou as chuteiras em 2010 para depois virar auxiliar do técnico Jorginho.
Com um estilo de cobrança mais técnico, priorizando a pontaria em função da força, Neto brinca com a atual condição. "É bom ter um cara como ele aqui perto. O problema é que ele não passa nenhuma técnica. Mascara tudo (risos)", diz. "Mas é claro. Vou entregar meu ouro, é? Ele que arrume seu jeito", rebate Anderson, sem deixar escapar o sorriso.
Longe dos gracejos, os dois apontam as diferenças entre os estilos e garantem trocar confidências em nome do aprimoramento da técnica. "Ele (Anderson) bate mais com o peito do pé. A bola fica mais rápida e forte. Já eu busco pegar a bola com lado externo do pé. Tirar o peso e dar mais altura até atingir o gol. Não existe um jeito mais certo do que o outro. Cada estilo é muito próprio", pontua o camisa 4 do Esquadrão.
Crítica aos novos - Agora na posição de observador privilegiado dos praticantes do nobre ofício da bola parada, Anderson Lima não se furta de alfinetar a nova geração. "Veja hoje quem são os grandes cobradores de falta do Brasil. Neto, do Bahia, 31 anos; Marcos Assunção (do Palmeiras), 36; Juninho (do Vasco), 37; Ronaldinho Gaúcho (do Galo); 32. Não temos nenhum moleque novo se destacando nisso. O que é muito ruim. Parece que os treinadores da base, no Brasil todo, não estão treinando com os garotos para capricharem nas cobranças", pontua. Teleguiar uma bola, sobrevoar a barreira e atingir o gol. Com perdão do trocadilho, falta quem faça.
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