Os resultados do 1.º turno e as mais recentes pesquisas de opinião
indicam que o PT deve desbancar o PMDB como o partido mais influente nas
cidades com pelo menos 200 mil eleitores, o chamado clube do 2.º turno.
Esse grupo, formado pelos 83 maiores e mais ricos municípios, concentra
cerca de 35% da população do País.
O PMDB costuma se sair
melhor nos municípios menores. Nas eleições de 2008, porém, teve um
desempenho atípico nas cidades grandes e passou a governar 26% dos
eleitores do clube do 2.º turno, que na época tinha 77 integrantes. O
partido ficou em primeiro lugar no ranking de eleitorado governado na
época, à frente do DEM, que, graças à vitória em São Paulo, havia
conquistado o comando de 20% do eleitorado dos 77 maiores municípios.
Agora,
o indicador que revela o poderio dos peemedebistas nesses grandes
centros pode até cair pela metade. Nos 83 municípios que atualmente têm
mais de 200 mil eleitores, o partido deve comandar entre 13% e 15% do
eleitorado, segundo indicam as últimas pesquisas.
Depois do
Rio de Janeiro, o segundo maior município do País, com 4,7 milhões de
eleitores, a cidade mais importante conquistada pelo PMDB no 1.º turno
foi Aparecida de Goiânia (GO). O partido ainda pode vencer em Nova
Iguaçu (RJ) e Sorocaba (SP), com 525 mil e 384 mil eleitores,
respectivamente. Nenhuma dessas cidades, porém, pode ser considerada um
polo político de importância nacional.
Sozinho, o município
do Rio de Janeiro concentra quase 65% do eleitorado total que os
peemedebistas podem chegar a governar no clube do 2.º turno. Nem o PT,
com a eventual vitória em São Paulo, terá o eleitorado a governar tão
concentrado em uma única cidade.
Outro indicador que
revela o recuo peemedebista é o número de prefeitos nos municípios com
mais de 200 mil eleitores. Em 2008, o partido elegeu 17 e, em 2012, o
mais provável é que se limitem a 9.
Quem cresce
O
encolhimento do PMDB nos grandes centros coincide com o avanço do PT e
do PSB. Os petistas, se vencerem em São Paulo, tomarão o lugar do PMDB
no topo do ranking do eleitorado a comandar nos 83 maiores municípios.
Nas eleições de 2008, o partido elegeu prefeitos que passaram a governar
17% do eleitorado das grandes cidades. Esse contingente pode até dobrar
em 2012.
As cidades onde o PT já venceu e onde seus
candidatos são líderes isolados têm 29% do eleitorado do País. Se o
partido vencer também onde seus representantes estão empatados
tecnicamente na liderança, a fatia a governar nos grandes centros poderá
chegar a 35%.
São Paulo é a principal responsável pelo
possível salto petista. Sozinha, a cidade concentra 17% dos eleitores do
clube do 2.º turno. Se perderem a capital paulista para o PSDB, os
petistas ficarão praticamente empatados com os peemedebistas no ranking
do eleitorado a governar, atrás dos tucanos.
Mas as chances
de uma virada em São Paulo são remotas, segundo as pesquisas. Com isso,
o PSDB tende a reduzir levemente sua fatia do eleitorado a governar nos
grandes municípios. Em 2008, o índice foi de 13%, e agora pode chegar a
12%.
Assim como o PT, o PSB tem chances concretas de
dobrar sua participação no comando do eleitorado das grandes cidades, de
6% para 12%. E pode até chegar a 15% se vencer em Fortaleza, onde as
pesquisas indicam um empate entre Roberto Cláudio (PSB) e Elmano de
Freitas (PT). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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