Há hoje um candidato petista com chance de vitória em cada uma das
quatro grandes cidades da Região Metropolitana de São Paulo que escolhem
o prefeito neste 2.º turno: Santo André, Mauá, Diadema e Guarulhos. O
PT caminha assim para manter a influência no entorno da capital
paulista, sobretudo na região do Grande ABC, onde só teme perder em
Diadema.
O foco do partido é retomar Santo André,
prefeitura conquistada em 2008 pelo PTB de Aidan Ravin - que agora tenta
a reeleição contra o deputado estadual Carlos Grana (PT).
Santo
André concentrou os esforços petistas tão logo o 1.º turno acabou, com a
virada de Grana (42,85% dos votos válidos) à frente de Aidan (37,23%). O
PT promoveu reuniões de militantes e vereadores com o mais influente
prefeito da região, Luiz Marinho (PT), da vizinha São Bernardo do Campo.
Reeleito no 1.º turno, Marinho cedeu estrutura de campanha para Grana,
como cabos eleitorais.
A gestão de Marinho virou, até
mesmo, "caso de sucesso" usado por Grana como exemplo de comparação com a
gestão de Aidan durante debates. De outro lado, o petebista enfatizou
parcerias com o governo do Estado. Geraldo Alckmin (PSDB) foi até Santo
André participar de ato com Aidan, por influência da relação próxima que
tem com o presidente do PTB paulista, deputado estadual Campos Machado.
Só com a reeleição de Aidan o PTB manterá poder na região - o partido
perdeu a prefeitura de São Caetano do Sul.
O PT, por sua
vez, lançou às ruas seu maior cabo eleitoral, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que percorreu bairros da cidade em caravana. Grana
virou candidato do partido por influência direta de Lula.
Lula
também esteve presente no palanque de Donisete Braga (PT) em Mauá,
participando de ato em prol de Braga, e prometeu intermediar recursos
para uma gestão dele. Alckmin fez comício com Vanessa Damo (PMDB). Braga
ultrapassou Vanessa nas últimas semanas do 1.º turno e venceu com 38,3%
dos votos válidos (76 mil). Vanessa teve 33,9% (67 mil), diferença de
apenas 9 mil eleitores.
Em Guarulhos, o prefeito Sebastião
Almeida (PT) é favorito. Almeida avançou ao 2.º turno com 49,6% dos
votos válidos (283 mil). A quase vitória fez com que o 'pacto da
oposição', acordado no 1.º turno entre os partidos oposicionistas,
fracassasse. Ele recebeu o apoio do terceiro colocado, Wagner Freitas
(PP). O quinto, Alan Neto, do DEM (partido oposicionista ao PT no âmbito
federal e da base de apoio de Alckmin), está ao lado do petista, assim
como seu vice, Eduardo Kamei (PTB). O único candidato a declarar apoio a
Carlos Roberto (PSDB) - que teve 29,3% dos votos (167 mil) -, foi o
ex-prefeito Jovino Cândido (PV), quarto colocado. As informações são do
jornal O Estado de S.Paulo
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