Destino turístico recorrente dos brasileiros, Buenos Aires virou o centro das atenções do futebol sul-americano nesta semana. O Corinthians já está na Argentina para o primeiro duelo com o Boca Juniors pela final da Copa Libertadores e carregará milhares de torcedores sem ingressos para as cercanias de La Bombonera.
O Boca prometeu ao clube paulista uma carga de 2.450 bilhetes, entretanto ainda não os entregou. Nesta segunda-feira, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e na chegada a Buenos Aires, era fácil encontrar torcedores que viajaram na esperança de arrumar uma entrada para o confronto de quarta-feira, às 21h50, apesar do apelo da diretoria corintiana para que os brasileiros não se deslocassem sem ingressos.
Certo mesmo é que o Corinthians desafiará um retrospecto negativo no duelo entre brasileiros e argentinos. Os países arquirrivais já disputaram 12 finais de Libertadores na história, sendo que os 'hermanos' levaram a melhor nove vezes. A supremacia fica evidente com os 22 títulos continentais de representantes da Argentina, contra 15 do Brasil.
Hexacampeão, o Boca levantou o troféu quatro vezes diante de times do futebol pentacampeão mundial: contra Cruzeiro em 1977, Palmeiras em 2000, Santos em 2003 e Grêmio em 2007.
A última vez que um time nacional ganhou de um ‘hermano’ em uma final de Libertadores ocorreu em 1992, quando o São Paulo bateu o Newell’s Old Boys. Nos últimos 19 anos, os brasileiros fracassaram cinco vezes contra argentinos (ver tabela acima).
Em sua primeira final continental na história, o Timão tem a chance de encerrar esse tabu.
“A Bombonera existe e é real. É preciso ter maturidade para jogar lá, no Pacaembu, no Morumbi... Precisamos ter essa capacidade de concentração e força mental”, declarou Tite, sobre o confronto no tradicional alçapão do Boca.
Em relação à torcida corintiana, mesmo membros mais assíduos do Fiel Torcedor, que desfrutam de prioridade na compra, tiveram de confiar na palavra da diretoria de que o ingresso será entregue na Argentina.
Outros fãs arriscaram embarcar ao país vizinho sem nenhuma garantia de que entrarão em La Bombonera e cogitam até comprar de cambistas para ficar à paisana na torcida dos ‘xeinezes’
Nenhum comentário:
Postar um comentário