Jobson é uma das figuras mais polêmicas do futebol brasileiro. Já se envolveu com drogas, brigas, indisciplina e ficou taxado como maluco. Mas o jogador quer vida nova. No Grêmio Barueri desde o início do ano, ele revela uma reflexão após os ‘tropeços na vida’ e diz que ainda sonha em defender a seleção brasileira.
Para muitos críticos, é o fim de uma carreira promissora desperdiçada pelos excessos e falta de cabeça no lugar. Ele prefere enxergar sob outra ótica. Acha que ainda dá tempo para corrigir os erros e aposta nos seus 24 anos.
“Vejo os tropeços, o tanto que já apanhei. Chegou a hora de mudar essa história. Mudei muito. As pessoas que convivem comigo podem falar a verdade. Acredito que nada é impossível”, disse ao UOL Esporte.
Depois de tantas polêmicas, o atacante quer fugir dos holofotes e tenta adotar a discrição. Tem sido elogiado pela disciplina e por cumprir horários de treinos e sessões de fisioterapia, já que sofre com uma lesão na coxa e atuou apenas na derrota por 3 a 0 para o Atlético-PR na Série B
Arredio nas entrevistas, se nega a falar sobre o passado e resume a dizer que tirou força em si próprio para o recomeço. “Veio de mim mesmo, a família sempre esteve comigo e me ajudou. Quero estar entre os dez melhores do Brasil, tenho ambição, tenho sonhos. Acredito que neste ano ainda vou mostrar muito o que sei fazer. E no ano que vem é outra historia. Espero ir para um grande, arrebentar e ir para a seleção”, disse.
Nos últimos anos, Jobson se tornou um especialista em se envolver em confusões. O atacante foi suspenso por doping, em 2009, em que admitiu ter usado crack. Foram seis meses parado. No retorno ao futebol, novos problemas indisciplinares. Em maio ele foi dispensado do Botafogo após faltar pela 3ª vez ao treino. Ele também se ausentou de atividades do Bahia e Atlético-MG.
Botafogo não é um assunto agradável para Jobson, especialmente após bater boca com o fisiologista Altamiro Bottino, em áspera discussão no vestiário.
“Quando eu voltei ficavam falando “Ah o Jobson...” aquela velha história. E eu queria simplesmente jogar. Mas tinham vários problemas, não eram só coisas boas. A cobrança era muito grande, eu tinha me machucado, fiquei muito triste e desanimei porque sempre quis jogar lá. Tinha edema, dor, vários aborrecimentos e fiquei um pouco aborrecido. Mas Botafogo é uma outra história, é melhor não falar”.
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